Jorge Drexler não precisou de uma semana para ter seu primeiro sold out na turnê brasileira. O show marcado para 21 de setembro, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, já está com seus três mil ingressos vendidos.

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O uruguaio reagiu ao sucesso comercial nas redes sociais. De quebra, ainda anunciou a data do concerto que fará em São Paulo: 21 de setembro, e em local nobre, no antigo Credicard Hall, agora batizado de Vibra São Paulo.

As vendas abrem amanhã, às 11h.

Tinta y Tiempo, novo álbum do Jorge Drexler

Quando Jorge Drexler começou a criar este disco, nunca pensou em tudo o que acarretaria. As primeiras canções começaram a sair durante o confinamento, quando a incerteza e a dificuldade passaram a ser o cotidiano. No entanto, o cantor e compositor uruguaio conseguiu resolver isso se mudando para um universo cheio de luz. Assim nasceu “Tinta y Tiempo”, um trabalho brilhante, generoso, abundante, destinado a se tornar imprescindível no seu repertório.

Nas palavras do jornalista argentino Gabriel Plaza, “´Tinta y Tiempo´ é uma metáfora sobre o amor e a prática artística: fala sobre relacionamentos de casais, laços familiares, a pulsão para a escrita, mas, também, fala sobre crise, obstáculos que surgem ao longo do caminho e como sublimar a dor. Essas dez novas canções que foram o refúgio do autor para se rearmar, também o serão para aqueles que recebem a mensagem e a ouvem pela primeira vez“.

Na sexta-feira, 22 de abril, uma nova etapa na carreira profissional de Jorge Drexler foi inaugurada. Após 30 anos de trajetória musical e quase cinco anos depois do aclamado “Salvavidas de hielo” – seu lançamento anterior- “Tinta y Tiempo” finalmente chega, junto com o videoclipe que acompanha a canção de mesmo nome.

A canção “Tinta y Tiempo” é uma dessas peças em que Drexler se reafirma como compositor e intérprete, um tema a fogo lento, no qual pulsa o dilema da criação artística. O autor nos aproxima de seu processo de composição em uma canção delicada e intimista, um híbrido de baguala e soleá por bulerías. A estreia desta canção vai acompanhada de um videoclipe dirigido por Joana Colomar, diretora e colaboradora habitual do uruguaio, responsável por seus dois últimos videoclipes, uma peça em preto e branco que desafia as urgências da nossa época e parece frear o tempo. Este último vídeo encerra a trilogia deste belo imaginário (depois de “Tocarte” e “Cinturón Blanco”) terminando em uma tela em branco, que nos leva diretamente à capa de “Tinta y Tiempo”.

“Tinta y Tiempo” — que também inclui “Cinturón blanco”, lançada em março, e “Tocarte”, em outubro — é apresentada com arte projetada pelo prestigiado estúdio de design Naranjo-Etxeberría, tão sugestiva e elegante quanto o conjunto de músicas que reúne. A arte do álbum, que inclui um relevo em sua capa, é inspirada na escultura clássica e na ideia da tela em branco. No interior, uma explosão de cor é revelada, nos aproximando da perplexidade e refletindo as cores da natureza que se escondem atrás da luz. O design do disco físico, vermelho, juntamente com a escolha inteligente da tipografia, completam um desenho redondo que captura magistralmente o espírito deste novo e esperado trabalho.

Um álbum cheio de nomes próprios e colaborações surpreendentes. Como o jornalista Plaza resume muito bem, a lista de cúmplices para que o álbum fosse concretizado é longa: Rubén Blades canta algumas décimas memoráveis em “El plan maestro”, escrita por Alejandra Melfo Prada; C. Tangana canta e escreve um dueto com Drexler em “Tocarte”, em uma peça de percussão obsessiva e minimalista, Martín Buscaglia colabora para uma dupla mestra em “Bendito desconcierto”, e a artista israelense Noga Erez se junta em “¡Oh, algoritmo!” , com uma estética musical surpreendente.

Cada peça alcança sua totalidade conceitual, que é arredondada com a contribuição e os arranjos de Fernándo Velázquez, que dirige a interpretação da Orquestra da Comunidade de Madri para este disco. A produção do álbum foi dirigida por Carles “Campi” Campón e pelo próprio Jorge Drexler, com a colaboração ocasional de outros produtores como Víctor Martínez, C. Tangana, Rafa Arcaute, Federico Vindver, Didi Gutman e Pablo Drexler. A mixagem ficou por conta do engenheiro brasileiro Daniel Carvalho, tarefa que também realizou nos últimos discos de Caetano Veloso e Marisa Monte, entre outros. Todos eles colocaram seu talento a serviço de “Tinta y Tiempo”.

“Tinta y Tiempo” é o produto de um momento na vida da humanidade em que o caos e a desolação reinaram. Jorge Drexler pegou a água e o barro, transformou o caos e a desolação em um milagre: um novo disco, uma nova canção que merecia vir ao mundo para ser cantada por outros. Nesse sentido, este novo álbum sempre será um refúgio ao qual recorrer.

Com a estreia de “Tinta y Tiempo”, Jorge Drexler inicia uma turnê de apresentação internacional, que já tem datas confirmadas em países como Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos e Espanha.

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