Habla Pri – Episódio 07: O erro do Rock In Rio sem música latina

As opções eram muitas. Desde os ícones Shakira, Ricky Martin e Enrique Iglesias, passando pelas estrelas ascendentes J Balvin e Maluma, até o fenômeno Luis Fonsi e Daddy Yankee ou a revelação CNCO, não faltavam nomes fortes do mercado latino para integrar o lineup do Rock in Rio.

O lide acima foi escrito para a edição do festival de 2017, mas segue atual. Se naquele ano ainda tivemos Bomba Estéreo como único representante latino, em 2019 fomos a zero. Um tapa na cara da indústria, dos números, da tendência, da representatividade.

Sério mesmo que, em pleno 2017, os shows de Capital Inicial (de novo) ou CPM 22 (com todo o respeito que a trajetória artística desses artistas merecem) são os ideais para abrirem as noites do Palco Mundo, o principal do RiR?

Em plena dominância latina, apenas Anitta vai levar a música em espanhol para o público do evento, depois de anos de olhos vendados para sucesso mundial da brasileira.Não sobrou nem para o palco Sunset, a série B do evento musical mais importante do planeta, que em anos anteriores já recebeu o italiano Jovanotti, por exemplo. Nada. E por puro conservadorismo, medo de inovar da família Medina, idealizadora e organizadora do Rock In Rio.

+ Leia Mais: 10 artistas latinos que poderiam ir ao festival

Retrógrado, o festival cai numa irritante mesmice. O evento se segura em figurinhas carimbadas como Red Hot Chilli Peppers, Bon Jovi, Iron Maden, Ivete Sangalo que, por mais sucesso e por mais que a gente goste, poderiam ceder seus lugares ao que realmente domina a música atualmente.

Ignorar Despacito, o maior fenômeno da indústria fonográfica das últimas duas décadas, é um erro que não tem reparação. Se você se vende como o principal evento musical do planeta, precisa estar antenado ao mercado. A família Medina está com os olhos vendados, pelos visto. Fechar sua porta à música latina é, deixando de lado a sutileza, uma grande imbecilidade.

A fórmula está ficando desgastada e essa era a edição da virada. Perderam o timing e a oportunidade de mostrarem que caminham lado a lado com o que os fãs pedem. Já imaginaram o público indo ao delírio com Duele El Corazón, Reggaetón Lento, La Plata, Mi Gente, HP, Corazón, Con Calma? Pena que vai ficar só na imaginação.

Veja a opinião de Priscila Bertozzi no programa Habla, Pri!

 

 

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