Mesmo com final justa, júri precisa voltar ao Eurovision em 2024

O tema é controverso. Em 2022, o Eurovision Song Contest viveu o drama da tentativa de manipulação de resultados, com a troca de votos entre jurados de seis países. O esquema fez com que a EBU (União Europeia de Radiofusão, em português) optasse por deixar a semifinal nas mãos do público neste ano. Só há televoto, sem júri.

É inegável que assim, sem estudar as pontuações, a decisão de sábado, 13 de maio, em Liverpool, terá concorrentes justos. Mas será que a medíocre performance da Polônia teria tirado a opulência da Geórgia da final? O país banhado pelo Mar Negro, representando pela excelente Iru, foi o grande senão entre os não-classificados.

Será que com os olhos atentos aos detalhes do júri, não a predileção do público por país X ou Y, teria classificado a Noruega que, embora seja muito querida pelos eurofãs com Alessandra à frente da delegação, fez uma apresentação muito abaixo do esperado? Malta e Letônia teriam sido descartadas?

A Croácia, que desperta amor e ódio na mesma proporção, teria ido à final?

A ausência do júri não comprometeu nesta edição, mas foi essencial em outras. O olhar técnico é fundamental para balancear fanatismo, coleguismo, postura cênica, vocal e talento. Tanto é que a Itália se ausentou por anos do festival quando a decisão cabia somente ao público. E se não estivesse automaticamente classificada para a última noite, quando os jurados voltarão à ação, poderia rever sua participação. Vale a pena correr o risco de perder países por conta disso?

O peso exato da participação dos votos dos experts só poder ser analisado quando forem divulgados os resultados das duas semifinais e o da final. Existe, por exemplo, a possibilidade da Finlândia ter vencido sua semi só com o apoio do público e, na final, perder para a Suécia no julgamento somado. Ou vice-versa.

Albânia, Israel, Portugal, Suíça, Noruega, Croácia serão bons termômetros dessa variação.

Fato é que com 15 participações e sete classificações à final, a eliminação da Geórgia trouxe à tona o debate. Fora da decisão desde 2017, não era nesta edição que o país deveria ser preterido logo de cara no Eurovision. Echo merecia a vaga, Solo não. Embora o quadro geral não seja ruim, algumas injustiças precisam ser revistas e corrigidas para 2024.

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