É difícil imaginar que um profissional com quase três décadas de ofício consiga falar com tanta ternura sobre um trabalho exaustivo. Mas o primeiro minuto de conversa com Alejandro Sanz dissipa qualquer dúvida de que isso é possível.
Para quebrar o gelo, ele já começa a perguntar da temperatura em São Paulo. Sempre ativista, arremata ao saber que uma semana atrás fazia 34 graus e, depois, 15. “O clima está louco em todo lugar”.
Sanz, 48 anos, não escondeu uma pontinha de decepção por não ter trazido a Sirope Tour ao Brasil. Não dependeu dele e ficou claríssimo.
“Minha última turnê não passou pelo Brasil e eu senti muito. Eu preciso do calor de vocês, eu preciso voltar”, disse o artista.
Sua missão, no momento, é falar sobre um ano glorioso. Deixamos de lado os assuntos espinhosos para exaltar uma carreira impecável, que será reconhecida em 2017 em duas das principais premiações internacionais: o Grammy Latino e os Prêmios Ondas. Além disso, relembrar o sucesso o álbum Más, que completou 20 anos e ganhou um mega show comemorativo em junho.
Perguntado sobre o que mudou daquele Sanz para o atual, a primeira palavra que lhe vem à cabeça é sossego. E logo ele emenda: “Trabalhar com música é como vender a alma ao diabo”, confessa entre risos.
Em escassos dez minutos de conversa, a leveza deu o tom. Afinal, a hora é de celebração!